Poema à minha filha

Caminhava pela rua preocupada.
Tantas idéias pela mente passava.
Na mão um envelope eu trazia,
em instantes o resultado abriria.

Antes, acendi o último cigarro
e sentei olhando o movimento dos carros, 
parada alí, mal eu sabia,
que num segundo, tudo mudaria.

Joguei os cigarros para não mais fumar.
Meu coração agora, só queria amar.
Dentro de mim, ligado à um cordãozinho,
batia um novo coraçãozinho.

Um misto de preocupação e alegria,
todo o meu ser invadia.
Apenas uma certeza eu tinha,
para sempre eu à amaria.

Se houver um só momento,
onde em minha vida haja mais crescimento,
posso afirmar veemente,
foi com a Ana em meu ventre.

E no momento em que ela nasceu,
falharei ao explicar o que aconteceu.
Alí mesmo na maternidade sentei
aos pés de uma santa e chorei.

Em mim o amor, parecia explodir,
se fosse luz, todo o lugar podia invadir.
E senti tanto medo, por não saber,
em como cuidar de você.

Nos meus braços, tão pequenininha,
suas mãozinhas, pareciam as minhas.
Falei com você e você me olhou,
acho que naquele momento pensou;
\"então é ela, a mãe tagarela\".

Sei que já me estendo bastante, 
mas conto aqui os fatos mais relevantes.
É sobre o quanto Jesus me ama,
porque pra mim escolheu a Ana.

Certa vez essa mocinha,
brincando com a vassourinha,
quebrou o vidro da mesinha.
Primeira vez de castigo no quarto
e ela solta um sonoro \"que saco\".

Nesse momento tinha percebido,
o quanto minha menininha havia crescido.
Não mais chupeta, paninho e colo,
os filhos crescem e querem carreira solo.

Se algum dia de novo, na Terra nascer,
já combinamos, não vamos mexer:
você voltará a ser minha
e eu serei de você.

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