Projeto Felicidade – O livro

Estamos na segunda quinzena de Janeiro de 2021 e após três anos ouvindo falar sobre The Happiness Project fui tentada a iniciar o meu próprio projeto para a felicidade.

Explico melhor; enquanto ao fundo ouço Carla Brunni e uma chuvinha leve bate na minha janela.

Me sinto animada por finalmente iniciar o meu próprio projeto e que curioso, rabiscá-lo já têm me deixado feliz! (se quiser ouvir Carla Brunni, rola para baixo, dá o play e volta aqui).

Em 2018, ouvindo um dos meus Podcasts preferidos, o Officinalis narrado pela Claudia Foncesa, uma portuguesa linda em todos os sentidos, conheci o The Happiness Project da Gretchen Rubin e fiquei curiosa sobre como ela havia desenvolvido a idéia. O tempo passou e ouvi de novo a própria Claudia falando do projeto em 2019.

Um ano mais tarde, ouvi um outro episódio também do Officinalis que partilhava a experiência de três ouvintes e achei incrível o que elas conseguiram fazer com as idéias da Gretchen, fiquei com aquilo na cabeça mas segui meu caminho…

Em Dezembro de 2020 ouvi mais uma vez a Cláudia sobre o projeto e disse à mim mesma; \”agora já chega, vou me aprofundar neste assunto\”.

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Vasculhei a Amazon e outros sites de livros mas só encontrei em um Sebo no Rio Grande do Sul, fiz a compra meio desconfiada se receberia de fato o meu volume.

O ano mudou e nada do livro, uma semana…duas… e eu à espera impaciente. O livro da Gretchen estivera me esperando por tanto tempo e eu mal podia esperar 3 semanas.

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Na foto minha família, meu marido e minha aliança, minha vida perfeita e o mal-estar da vida adulta que nos convida tantas vezes ao descontentamento, mas porque? Tenho medo de um dia olhar pra trás e perceber: \” Que vida maravilhosa eu tive, apenas queria ter enxergado isso antes\”.

Finalmente estava com o volume na mão e apesar de tê-lo adquirido em um Sebo, estava novo porém não muito cheiroso.

Vamos ao livro:

A autora voltando pra casa certa vez após mais um dia de trabalho se questiona se havia uma maneira de ser mais feliz, ela já se considerava uma pessoa feliz, tinha um bom casamento, filhos, um bom emprego, morava onde queria, não tinha problemas ou motivos para se considerar infeliz, mas sentia que sua vida estava passando rápido ou como ela dizia:

Os dias são longos mas os anos são curtos\”

Isso me tocou de modo profundo pois percebi o quanto era verdade, os dias tem tanta agitação e compromissos e estresses, desafios e decisões à tomar que quando chegamos ao final do dia estamos cansados e mal conseguimos viver no presente.

Não vivemos de modo mais intencional porque estamos apenas correndo de um lado para o outro e assim os anos vão passando…

Não apreciamos o almoço ou a companhia da pessoa que esta com a gente. Não apreciamos os momentos com as crianças porque ou estamos atrasados ou já estamos exaustos. Deixamos de prestar atenção ao nosso parceiro, de elogiar ou simplesmente chegar mais perto ao longo do dia.

Mas o que achei mais sensacional foi que a proposta dela era buscar ser mais feliz com a vida que ela já tinha e sem fazer grandes mudanças.

Ela não ia mudar de emprego, ou sair em busca do seu propósito de vida.

Ela não ia abandonar o marido e fazer uma viagem de 6 meses para a Índia.

Não ia migrar para o campo e plantar sua própria alface…ela ia melhorar o que podia ser melhorado e tentar ser feliz com o que ela tinha aqui e agora.

Eu achei isso tão incrível porque temos a mania de complicar tanto a vida em busca do que está distante demais…demorado demais…difícil demais, quando deveríamos buscar ser feliz e otimizar tudo o que já temos!!! Elementar não?!!

Eis o que ela fez…

Primeiro ela cuidou da \”preparação\” e identificou tudo o que lhe trazia satisfação e comprometimento e o quanto estas coisas à deixavam feliz, depois tudo o que lhe causava raiva, remorso e culpa .

Em seguida veio a fase das resoluções, onde ela identificou todas as ações que iriam impulsionar a sua felicidade.

Depois veio a parte de manter essas resoluções (o que na minha opinião é o mais difícil).

Ela decidiu que ia preencher os doze meses do ano com as resoluções e ações que tinha escolhido e ia portanto mês a mês cuidando de vários aspectos de sua vida em busca de momentos mais felizes.

Ela também criou ferramentas para ajudá-la com estas ações e entre elas uma lista com \”doze mandamentos\” e alguns \”segredos da vida adulta\”.

Não posso deixar de citá-las aqui porque me fizeram muito sentido e certamente usarei no meu próprio projeto.

Doze mandamentos

1- Ser Gretchen (no meu caso ser eu mesma)!

2- Não ser exigente demais comigo mesma.

3- Agir do jeito que quiser me sentir.

4- Não adiar.

5- Ser gentil e justa.

6- Curtir o processo.

7- Não economizar, usar. (isso vale para roupas e objetos, não vai sair por aí arruinando sua vida financeira hein)!!

8- Identificar o problema.

9- Relaxar.

10- Fazer o que precisa ser feito.

11- Não calcular.

12- Existe apenas o amor.

Segredos da vida adulta

  • As pessoas não percebem tanto os seus erros como você imagina.
  • Não há nada de errado em pedir ajuda.
  • A maioria das decisões não exige uma vasta pesquisa.
  • Faça o bem, sinta-se bem.
  • É importante ser gentil com todo mundo.
  • Leve um casaquinho.
  • Se fizer um pouquinho a cada dia, vc vai conseguir realizar muito.
  • Água e sabão removem a maioria das manchas.
  • Desligar o computador e ligá-lo novamente às vezes resolve o problema.
  • Se vc não consegue achar algo, faça uma faxina.
  • Vc pode escolher o que fazer, só não pode escolher só o que gosta de fazer.
  • A felicidade nem sempre faz vc se sentir feliz.
  • O que é feito todo dia é mais importante do que aquilo que se faz de vez em quando.
  • Não é preciso ser bom em tudo.
  • Se vc não estiver cometendo erros não está tentando o suficiente.
  • Medicamentos de venda livre são muito eficazes.
  • Não deixe o perfeito ser inimigo do bom.
  • O que é diversão para os outros, pode não ser para vc e vice-versa.
  • As pessoas preferem presentes de casamento que não estão na lista.
  • Não é possível mudar a natureza de seus filhos por meio de críticas ou obrigando-os a fazer determinadas atividades.
  • Sem depósito não há devolução.

Eu não queria rejeitar minha vida. Queria mudá-la sem precisar mudar de vida, encontrar felicidade em minha própria cozinha.

Gretchen Rubin

Encerro o post de hoje muito inspirada com o que li no livro até agora e já rabisquei ações e intenções para alguns meses do ano.

Tenham um dia ou noite FELIZ!

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